Semana passada, deixei o jipe na oficina para trocar a embraiagem, que segundo todas as opiniões tinha dado o berro. Era praticamente impossível utilizar a caixa de velocidades, logo o desafio foi levar o carro a andar até lá que são cerca de 10km. Sem grandes notas de registo, a coisa fez-se. Dois dias depois estava pronto. Fomos buscá-lo. Porreiro. Impecável, ou talvez não. Parece que o problema não era bem a embraiagem, mas ok, vamos lá repetir a viagem quase sempre em terceira e tentar não inventar muito. (Alô, aqui escreve o Zé!!! Não inventar muito?) A primeira triste ideia foi a de levar a velhinha bicicleta no carro para depois voltar a casa montado nela. Carreguei a bicla e reparei nos pneus meio vazios… sem stress, pensei. Pensei também onde poderia echer aquilo, pois tinha o compressor em casa e não ia subir com a bicicleta. Segunda ideia, foi logicamente a bomba de gasolina, mas logo deixei essa ideia de parte, pois não queria andar com o carro de um lado para o outro. Como ia deixar o carro na oficia, confiei que me safaria lá. Nada mais errado. Tive de improvisar… Sem outra opção lá carreguei novamente a bicicleta e fui à bomba mais próxima, que ficava a cerca de três kilómetros. Done! Agora é só montar e pedalar até casa! Equipamento de protecção?! Burro! Capacete, not check! Luvas, not check! Luzes! Bateria fraca… é o que dá a despreocupação! Vesti o colete reflector do carro e arranquei. Primeira pedalada e obrigação de parar. A corrente não sai da roda pedaleira pequena à frente. O seletor de mudanças passou-se! Raios me partam! Comecei a ficar ligeiramente stressado. A minha última viagem de bicicleta foi em Novembro de 2013! Sim 2 anos de abstinência que me levaram a esquecer o estado em que estava a bicicleta. Respirei fundo e interiorizei que faria os 10kms nesse ritmo baixo. Bora lá, incentivei-me a mim próprio. Duas pedaladas e o barulho dos calces a roçar nas jantes era ensurdecedor! 22horas e eu espalhava música que parecia saída de um filme de terror. Comecei a suar sem que fizesse esforço físico para tal. A primeira subida foi como um teste à minha resiliência! Iria desistir e pedir a ajuda do público, ou do telefone? Prova superada! O cimo da subida encheu-me de orgulho, ou se quiserem, diminuiu um pouco da vergonha que sentia. Facto: Aquele barulho não ia passar. Estava já conformado com a ideia quando apanhei uma descida. Perdi logo a pedalada, mas de embalo ainda dei 40km/h, diz o gps. Foi nessa altura que temi pela vida. A bicicleta parecia uma sinfonia de barulhos mistos de metal a roçar com metal e borracha a chiar em vários tons de más notas musicais! Ainda parei com receio de ser algum eixo a partir, ou coisa pior e dado não ter qualquer protecção, o resultado não iria ser bonito… Não vou pedir ajuda! Vou seguir! Já tinha reparado que a chinfrineira alertava os cães das redondezas, mas nunca imaginei o que me esperava. Posso dizer que fui acompanhado em toda a viagem por 2 ou mais latidos diferentes, até que um desses bobys estava solto e… deu-se o primeiro assalto da noite! Ganhei, apesar do meu registo "cães vs 2 rodas" não me ser muito favorável. Mal tinha recuperado a frequência cardíaca quando fui assaltado de susto! O coração dispara como bala. Era uma matilha caraças! Bom, seriam 5 canitos no máximo, mas o maior era de certeza de raça perigosa, mais seria um cruzamento de Pitbull/Dobreman/Rasteirinho. A boca bem apresentada, parecia ser de crocodilo com os dentes a roçar o meu calcanhar esquerdo. Não posso dizer que ganhei este combate. Fui bafejado pela sorte e ao mesmo tempo que tentava pedalar fazendo força na perna direita, tentava-me defender com a esquerda... surreal. A minha sorte foi ter sido possuído por uma qualquer força divina que me fez pedalar pela vida e deixar para trás os 4 caniches, mais o Benji arraçado! Ou então os cães acharam piada à aflição e deram tréguas ao meu sofrimento. Até casa foi apenas tentar controlar a respiração e gravar este episódio bem gravado na memória, para que nunca mais volte a andar nesta bicicleta.
11/10/2015
3/21/2013
12/21/2012
Algumas teorias em que acredito
- As privatizações tão faladas nos últimos anos... (minutos 25 a 27)
- Os papéis dos governos sem excepção... (minutos 38 a 41)
- Religião... (minutos 1h e 37m a 1h e 40m)
12/12/2012
12/02/2012
12/01/2011
24 meses depois...
Foi assim, tão lento como foi, tão rápido como parece agora. A minha primeira batalha judicial, iniciou-se acerca de 24 meses quando decidi comprar a Ninja. Nessa altura decidi que não teria de aturar gente prepotente. O vendedor do Stand “KMS” onde inicialmente iria comprar a moto, foi tudo menos correcto comigo. Não vou adiantar pormenores porque se torna aborrecido de ler. Na realidade fui enganado no que toca ao prazo de entrega do veiculo o que fez com que rescindisse o contrato de crédito já assinado com uma entidade financeira. Na altura tinha entregue uma quantia para sinalizar a compra, quantia essa que não me foi devolvida de imediato. Durante estes dois anos tudo fiz para recuperar esse valor, desde o apoio da DECO, à contratação de um advogado com processos a mais e tempo a menos e finalmente com recurso aos Julgados de Paz, que se mostraram eficazes na resolução do caso, tendo recebido ontem o valor em causa.
Com todas as medidas de austeridade implementadas pelo governo, diziam as más-línguas que “a luz ao fundo do túnel” já estaria desligada, no entanto tive agora um vislumbre da mesma.
Com todas as medidas de austeridade implementadas pelo governo, diziam as más-línguas que “a luz ao fundo do túnel” já estaria desligada, no entanto tive agora um vislumbre da mesma.
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