1/07/2010

Sangue

Muitos brincam com os Escuteiros e as suas actividades, mas a verdade é que fui um deles e não me arrependo de o ter sido. Tenho para mim que os valores que lá encontrei reforçaram aqueles que os meus pais me ensinaram. Entre eles está o ajudar o próximo. Parece cliché, mas na realidade é das coisas na vida que mais preenche o ego. Tenho por experiências próprias que quando damos, recebemos muito mais em troca. Vale mais uma alma cheia que uma conta bancária. Foi por este princípio básico que decidi fazer o que à muito pensava. Dar sangue. Aos 33 nunca tinha dado. Erro eu sei . Sempre pensei fazê-lo, mas nunca aconteceu. Nós Portugueses, futebolísticamente falando, gostamos muito de trocar a bola no meio campo, mas raramente somos objectivos . Estou a mudar, vou fazendo alguns remates à baliza, menos do que queria, mas Roma e Pavia… Lá segui no encalço da unidade móvel para dar sangue. Tremenda desilusão. Tinha a tensão alta e não reunia as condições necessárias. Uma das coisas que faz subir a tensão é o café. Andava a beber 3 a 4 cafés por dia e decidi experimentar não beber pura e simplesmente. Ainda hoje não bebo. Experimentei beber depois disso e soube-me mal… Quem explica isto? Passado uma semana, tentei novamente e desta vez consegui satisfazer a minha vontade. Tornei-me dador de sangue! Regressei a casa na minha Hornet francamente bem disposto e de coração a transbordar de alegria. Em Fevereiro espero continuar a contribuir com um singelo mas poderoso gesto que pode fazer a pequena grande diferença entre a vida e a morte num destes dias qualquer…
http://www.ipsangue.org/maxcontent-documento-100.html