Foi uma refrescante brisa de ar na calmaria do deserto. Escrevia no post anterior sobre viajar de mapa. Pois este fim de semana aconteceu, não para o desconhecido, mas para Jerez de la Frontera, catedral do Motociclismo Espanhol. Sendo a minha segunda viagem a Jerez e pelo que vi, depreendo que cada vez mais a viagem vale por isso mesmo. Quem lá vai com a expectativa de ver acção em duas rodas, pode ficar por casa, pois a acompanhar a tendência de Faro, as autoridades estão cada vez menos benevolentes com acrobacias e excessos nas ruas, quer em Cadiz, quer no porto de Santa Maria. Já a viagem continua a merecer toda a magia das palavras que quem conta histórias antigas. Não me canso de repetir sobre a minha preferência por Espanha para andar de mota e as curvas de Aracena são realmente qualquer coisa de encher as medidas a quem, como eu, vibra aos comandos da mota. Motard que é Motard roda acompanhado e de facto sem companhia não é a mesma coisa. Desde já um forte abraço aos companheiros de estrada que fizeram acontecer, Luís(cbr 900), Miguel (fjr 1300), Bruno Ramos (hornet 600) e Mad/Ana (gsrx 1000). Cada um com o seu (bom) humor deu de si o melhor para um excelente fim de semana de convívio. Ficámos instalados num Hostel em Barrio Nuevo, perto de Chiclana a cerca de 30 km da confusão. Um sítio onde fomos reencontrar pessoal de à 2 anos e rapidamente se retomaram conversas antigas e se reestabeleceram laços de amizade. Descobrimos os “chupitos”, muito populares entre as camadas jovens e rendemo-nos ao sabor do vodka caramelo para adocicar as conversas noite dentro. Só para terem ideia, éramos cerca de 18 pessoas, em 3 grupos de 6 cada. No sábado almoçámos com o grupo de Lisboa, e domingo viajámos com o grupo das Caldas. Grupos bem distintos, mas ambos com fair play e boa disposição. Chamo fair play, pois nem toda a gente tem o mesmo andamento e é bonito ver como se processam as viagens nestes termos. Os mais rápidos não se melindram em nada por esperar pelos menos experientes, fazendo jus ao espírito Motard que prevalece. O Luis, que conheci melhor nesta viagem, apimentou as conversas com os seus traumas psicológicos, como o de não comer nada que vê vivo. Ele que gosta de pescar, quando leva peixe fresco para casa, passa na praça e compra um já sem vida para ele comer ahahahahaah hilariante, não acham? O Bruno passou a viagem com o rabinho entre as pernas, pois como Espanha não é Portugal a falta de espelhos na hornet podia-lhe ter valido uma receita policial de mais de uma centena de euros. Desta vez passou… O Diogo (Mad) marcou pontos com a sua explicação sobre astronomia e ângulos de entrada de meteoritos na atmosfera (ehehehehe) depois de vermos a maior estrela cadente até hoje vista (pelo menos para mim). A Ana é e será sempre a minha heroína, pois quem anda a pendura com o Mad (alcunha sugestiva) merece todos os créditos, ainda por mais sendo a única mulher do grupo. Estás lá Ana. Miguel… o que dizer deste miúdo. Está sempre na berra. Faz uma casa e espero continuar a partilhar estrada com este senhor! És o "máior"!
Pessoalmente foi uma das viagens em que mais gostei de rolar. Andava desejoso de fazer estrada com a Ninja e mesmo com altas expectavivas criadas, não me desiludiu, pelo contrário, confirmou toda a teoria de que uma 600cc chega e sobra para o uso que lhes damos. Se na ida para Jerez, deu para sentir um cheirinho do que ela pode fazer, no regresso a Portugal, fiquei totalmente rendido ao seu desempenho. Segura a todos os níveis, fez das curvas rectas e acompanhou com descaramento as 1000cc. Eu que não gosto da ideia de vender, estava capaz de trabalhar para a Kawasaki e vender motas destas a toda a gente. Todo o Motard devia ter uma mota assim…
Mapa do percurso
Pessoalmente foi uma das viagens em que mais gostei de rolar. Andava desejoso de fazer estrada com a Ninja e mesmo com altas expectavivas criadas, não me desiludiu, pelo contrário, confirmou toda a teoria de que uma 600cc chega e sobra para o uso que lhes damos. Se na ida para Jerez, deu para sentir um cheirinho do que ela pode fazer, no regresso a Portugal, fiquei totalmente rendido ao seu desempenho. Segura a todos os níveis, fez das curvas rectas e acompanhou com descaramento as 1000cc. Eu que não gosto da ideia de vender, estava capaz de trabalhar para a Kawasaki e vender motas destas a toda a gente. Todo o Motard devia ter uma mota assim…
Mapa do percurso