9/23/2009

Imprima outra vez :)


Corria o ano de 2003. Depois de acabar um trabalho mandei imprimir. Ao ver as folhas a sair da impressora lembrei-me de sacudir um bocado o ambiente no escritório. Voltei ao "pc" e escrevi no word as palavras deste título: Imprima outra vez, com um smile para simpatia. Voltei a folha para baixo e tornei a colocá-la no alimentador da impressora. Um dos meus colegas (vítima a partir de agora) ao imprimir dá de caras com aquelas palavras, por baixo do trabalho dele impresso. Volta-se para mim e diz:
Ó Zé! olha para isto! Não dei muita importância para não dar parte fraca, mas longe de mim pensar que aquele gesto iria valer tanta gargalhada... Escusado será dizer que carreguei o alimentador aleatóriamente com mais umas quantas folhas idênticas. O episódio repetiu-se vezes sem conta, sem que a vítima desconfiasse. Dizia que devia ser um vírus ehehhheeh. Passei a palavra ao resto do pessoal que não só acharam piada, como começaram a minar a coisa ainda mais. Para além do já normal "imprima outra vez :)" começavam agora a aparecer outro tipo de mensagens, mas sempre dentro do mesmo género... A coisa foi rolando e todos íamos rindo um pouco com estas cenas até que um dia, surgiu esta mensagem: "Imprime outra vez, senão papo-te o repolho" ahahahahahaha Obviamente tudo acabou nessa hora porque ninguém conseguiu conter o riso. Parecia um terramoto, com todos (éramos cinco naquela sala fora a vítima) a explodir numa gargalhada que deixou perplexa a vítima, voltando a ler e relêr a folha até perceber o porquê de tudo aquilo... Daí em diante houve tentativas com outros protagonistas. Dizem até que uma vítima chegou a trocar de monitor loooool... mitos, sabem como são estas coisas... de qualquer maneira, olhos bem abertos e malandro que é malandro...

Feel


9/22/2009

Marinho

Recebi hoje a notícia da morte de um amigo de infância. Tinha 26 anos. Não o via há muito tempo. Durante a infância sempre arranjei a sua bicicleta e muitos km fizemos juntos, naquilo que era um dos muitos desportos da moda naquela altura… O traçado era mais ou menos ir ver as horas à estação, beber água ao parque, encher os pneus nas bombas e pedalar por onde nos apetecesse. Éramos jovens e com a vida pela frente. Nunca fui, nem sou, de perspectivar a vida uns anos mais à frente e mesmo que o fizesse, estaria longe de imaginar um desfecho destes para o Marinho. Soube agora que lhe foi diagnosticado um tumor aos 22 anos. Miudo de aparência frágil, mas muito inteligente e divertido, é assim que sempre me vou lembrar dele. Escrevo e choro por não lhe ter apertado a mão, dado um abraço... A vida é fodida!

9/14/2009

fds selvagem

Foi programado para ser um fim de semana diferente. Seria qualquer coisa de memorável, mas os planos saíram furados pela condição humana. Os senhores do barco, onde iríamos passar a noite, deram o dito por não dito e alugaram o mesmo a outros sujeitos. Talvez tenham pago mais, talvez tenham pago logo, talvez o senhor se tenha esquecido, sei lá ... talvez olha.... talvez o senhor não tenha palavra. Pode ser isso... ou não, não sei e não quero saber, mas irrita-me estas posturas! Houve jogo de cintura para não deixar passar o fim de semana em vão. De certeza que quem foi gostou. Gostou do almoço com vespas a patrulhar as mesas, gostou da canoagem à chuva iluminada por grandiosos relâmpagos mas gostou também do acampamento selvagem nas margens de um lago simplesmente lindo, gostou do céu incrivelmente nítido e das explicações do Zé sobre a Via Láctea, Cassiopeia e outras demais estrelas ou agrupamento delas e para finalizar gostou do reavivar de memórias de outras andanças em grupo que muitas saudades deixam. Eu gostei. A começar pelos típicos atrasos, correu tudo como planeado. Tinha pensado acampar nas margens do rio, mas dadas as instáveis condições climáticas, o pessoal começou a torcer o nariz e sugeriram a Tapada da Mina como local de eleição para nos estabelecermos. Assim foi e pouco depois de lá chegar, já de noite, foi o tomar posse do churrasco e da areia para montar o acampamento selvagem. Entre chouriças e febras esfumaçadas, mais do que permitia o calor humano, fomos saciando fome, sede e conversas próprias de quem tem tempo. Conversas mais ou menos filosóficas, conversas sobre estilos de vida. Conversas que puxam conversas... foi assim pela noite dentro, sobre o silêncio vingaram opiniões, ideias... conversas soltas e bem dispostas. Entre essas conversas, ficou no ar a ideia de uma passagem de ano à moda antiga... Estou lá!
Ao acordar de uma noite mal dormida, tirámos partido do espaço em si. Banhos que simultaneamente queimavam excessos da noite anterior e relaxavam o corpo. Boa vida, como se costuma dizer! Angela, Avelar, Catarina, Caria, Che, Garcez, Marisa, Miguel, Pedro, Rodrigo, Sara, e Sílvia... vencemos a gripe G de Mértola! Obrigado.

9/07/2009

www.hornetportugal.com

Vou tentar resumir… 20 de Março de 1976 ahahahahha brincadeira, Corria o ano de 2000 quando decidi tirar a carta de mota. Não o tinha feito aos 18 por 2 razões. O dinheiro não abundava e na minha cabeça havia muito medo. Medo de mim, de ser imaturo, de me deixar levar pela adrenalina. Demorei cerca de um ano a inscrever-me na escola de condução. Sempre que estava determinado, via um acidente com mota e repensava a ideia. Mas em Dezembro, lá foi! Carta na mão e mota para escolher. A decisão foi parcialmente paixão! 50% racional (Quis uma naked para poupar dinheiro em carenagens) 50% paixão. Adorei a Hornet desde o primeiro momento. Deixo um link dedicado à minha mota:
http://forum.hornetportugal.com/viewtopic.php?f=11&t=2375
Nos meses que se seguiram, procurei na net várias informações sobre a mota, entre as quais descobri um fórum dedicado ao modelo. Registei-me e quase sem querer comecei a participar. Não logo, mas cerca de um ano mais tarde (sou muito tímido). Desde então que esse fórum me trouxe muito mais do que esperava. Para além de um conhecimento maior da mota que tenho, trouxe anexa a amizade de muita gente que invadiu a minha vida de uma forma deliciosamente avassaladora. Falo de três a quatro anos de conhecimento mutuo que me permitem dizer que tenho neste fórum amigos. Não são apenas amizades de ocasião. Sei que posso contar com eles mesmo que não esteja sentado na mota.
Aconteceu neste fim de semana o 7º Encontro Nacional. Na Nazaré, cerca de 80 pessoas conviveram no parque de campismo e nos bares da Vila. Venho de rastos, fisicamente cansado, mas de alma cheia. Obrigado a todos!

9/03/2009

Vidigueira

Tinha tudo escrito e perdi! Raiva!!! Depois de recuperar, aqui vai:
Concentração da Vidigueira. Véspera sempre em altas para receber e montar o kit de transmissão. Tudo resolvido e preparado para arrancar. Saída de Carnaxide, pelas 18h. Escolhi um percurso que tinha feito uns anos antes e estava curioso para o fazer. Segui por: Montijo, Poceirão, Águas de Moura, Alcácer do Sal, Torrão, Alvito e Vidigueira. A estrada está uma merda! Tenho de escrever assim! À cerca de 3/4 anos estava toda descascada de alcatrão e em obras. Agora tem alcatrão e saltos para todos os gostos originados pelas raízes das árvores. Enfim dinheiro bem gasto pelos políticos. Tive medo! O desenho da estrada é fantástico com muitas curvas cegas, subidas e descidas, mas os ressaltos do piso não permitem prazer nenhum na condução. Cheguei à Vidigueira com um consumo de 5,47 lts/100km. Fui mal recebido pelo Miguel que nem uma cerveja se dignou a trazer junto à pulseira. Miserável! Depressa remediou a coisa e dessa forma se salvou o corpo da torreira ao sol da viagem. As noites na concentração acabam cedo. É o sítio ideal para descansar na companhia do espírito Motard. Pelas 3 horas acaba o barulho. O silêncio começa a rasgar a noite e vence consecutivas batalhas contra a animação. Durante o dia aproveitam-se as excelentes condições das piscinas e batalha-se por um lugar do melhor que o Alentejo tem… (entre muitas outras coisas) sombras! Sábado à noite um jantar na Amieira com o pessoal das Hayabusas. A viagem para lá foi deita a três. Ficámos, eu e o Fábio Cardoso, à espera do Kantiflas que tinha decidido jantar connosco. O ponto alto a nível de condução foi no regresso. Depois de vazar à vontade litro e meio de água mineral e sem matar o calor, regressámos à Vidigueira a bom ritmo. Gostei demais de rolar com aqueles meninos. A velocidade é viva sem ser abusiva. As estradas que circundam a albufeira da barragem do Alqueva estão em bom estado e permitem uma condução segura. Andar de noite é de facto mágico!
Chegámos a tempo de festejar o segundo aniversário do Rodrigo Silva! Um Motard que já o é e não sabe!
Domingo foi sempre a relaxar. Todo o dia na piscina. Regresso feito à noite com o companheiro de sempre. Miguel. Não gosta de conduzir à noite, mas alinha em tudo! Estava calor. Demais para sair de dia e com o sol baixo é impossível ver a estrada. Fomos os penúltimos a sair do recinto. Ficou apenas um casal naquela área.

9/01/2009

Nomes

Hoje por volta da hora de almoço, chamaram-me de tudo. Fui procurar qualquer coisa para comer ao continente da Amadora. Numa casa de sopas, estava a ver os menus e diz-me uma das empregadas... Ó rapaz, não escolha tanto que sai errado! Ri-me para ela dizendo que por essa altura já tinha um nó no cérebro. Dei um passo na direcção do balcão e escolhi o menu. Qual é a sopa que quer? - diz a moça. - Esta de agrião faz aparecer a sua princesa à noite. Esbocei novo sorriso. Escolhi sopa de feijão. Muito bem escolhida! - diz ela - Com esta leva duas princesas para casa. Por esta altura já me chamavam (eram 3) de príncipe, simpático, entre outras coisas que lhes vieram à cabeça, coisas absurdas mas que levantam a moral a qualquer ser humano. Foi um momento hilariante, pois desatámos todos a rir, eu, elas e outros clientes que esperavam a sua vez. Nada como chamar nomes ás pessoas para desanuviar...
Já de tarde, ligo a um fornecedor e pergunto pela encomenda que tinha feito... De onde fala? Fercof, respondo eu... - Desculpe? - Fer cof, repeti... - Desculpe mas não estou a perceber... - FER COF! repeti mais uma vez em tom seco... Do outro lado da linha o sr. soletra o nome. - É isso? - sim, respondi eu... - Ahhhhhh desculpe mas estava a perceber FUCK OFF!!! Risada ao telefone...
Conclusão... chamem nomes uns aos outros... traz boa disposição!