7/30/2009

Dores musculares

Estou que nem posso. Poderia também dizer que estou nas nuvens. Pode parecer e admito que seja fora do normal, mas as dores musculares que advêm da actividade física têm para mim outra designação que não própriamente "dores". Sinto-me bem ao levantar da cadeira e sentir que estou todo partido fisicamente. Custa a andar, custa a dobrar, custa até dar a volta na cama, mas é um custar diferente, não sei se me estou a fazer entender lol. Não é uma doença, não é nada que não se ultrapasse. São sintomas de que estou vivo!! Programei a semana para me dedicar à actividade física. Supostamente era btt segunda, futebol na terça, kickboxe quarta e por aí em diante. Segunda feira não cumpri. Um amigo, uma esplanada e um copo falaram mais alto. Na terça foi duro. Muito suor e esforço. Com a idade deveria correr menos que quando era jovem. Acontece precisamente o contrário. Não que esteja em forma, mas apenas porque nunca fui de correr muito ahahahhhah. Agora dá mais pica. A mente sobre o corpo (guerras minhas, não liguem) Se as noites de futebol fazem-me sentir "vivo" nos dias seguintes, ontem foi o golpe de misericórdia. Kickboxe, desporto que não me diz muito, mas por (más) influências, lá fui pela segunda vez na vida. A preparação física arrebentou. Se fiz um tremendo esforço para não me rir, maior foi o esforço físico, com vários avisos de cãibras pelo caminho. Cada exercício era sinónimo de início de cãibra e a cereja no cimo do bolo foi quando o Mestre diz: Agora vamos saltar ao eixo ahahahahahahah fonix! quase morri só de pensar... Fez-se com menos custo que inicialmente pensei e no fim, depois de uma pêras e pontapés acabei a noite com o peito feito e dores musculares até dizer chega...
Resumindo, estou vivo!!!

7/22/2009

Faro 2009

Para mim foi a melhor de sempre. Sim, é verdade que foi menos gente. Sim é verdade que na ilha de Faro a Polícia fechou o cerco. Sim é verdade que fora do recinto não se passa nada. Mas também é verdade que o espírito Motard esteve presente e de uma maneira soberba!
Foram cerca de 23.000 almas durante o fim de semana. Quando comparado com os números de anos anteriores parece que deixa um pouco a desejar, mas a evolução tem sido bem positiva. A organização do evento é do melhor que se pode pedir. Tem aspectos menos positivos, claro, mas na globalidade é uma referência.
A concentração está diferente, menos adrenalina e mais convívio. Nos primeiros anos que fui, a "loucura" já estava em queda acentuada. Mesmo assim presenciei quer na ilha, quer na cidade, momentos únicos de boa disposição e também algumas manobras perigosas. Em 2001 (ano da minha primeira concentração) o centro de Faro respirava o espírito motard. As pessoas vinham para a rua ver, aplaudir e divertir-se com as motas e as figuras do pessoal que já fazia daquilo um pequeno concurso de criatividade. Cheguei a ver fazer pipocas na ponteira de uma mota ... hilariante. A presença das autoridades era moderada, bem disposta e suficiente. Controlavam o trânsito e cediam passagem aos peões nas passadeiras, acabando quase sempre por dar origem a momentos de boa disposição com rateres e gazadas quando o sr. polícia desviava o olhar, num jogo de gato e rato que fazia as delícias da população. Todos remavam para o mesmo lado. O comércio vivia noites memoráveis de receita. Não sei por que carga de água, alguém decidiu "matar" a concentração nestes moldes. Desde então que o pessoal tem sido convidado a não sair do recinto pelas autoridades. O mesmo se passou na ilha. Era qualquer coisa de único! Esperar cerca de 40 minutos (de mota) para entrar na ilha diz muito da quantidade de motas que lá andavam. Lembro-me de pela primeira vez disparar a ventoinha da hornet e sentir o bafo de ar a queimar as pernas. Era um calor insuportável. Passar a ponte era sinónimo de subida dos níveis de adrenalina. Não encontro palavras que descrevam a loucura que aquilo era. Perigoso, sem dúvida, mas toda a gente que lá vai, sabe ao que está sujeita. O ambiente era denso a borracha queimada ahahahaahha. A carga policial e o comportamento das autoridades, fez com que tudo se alterasse e este ano nem para amostra serviu. Foi realmente muito fraco a esse nível.
Não pensem que sou a favor ou contra estas mudanças, apenas comento a evolução que houve. Teve muito ponto positivo, como a chamada de responsabilidade que foi necessária fazer aos motociclistas que muitas das vezes se excedem, é verdade, assim como o aumento da fiscalização de documentação das motas. Elevo este ponto como o mais positivo. Relatos antigos colocavam muitas motas roubadas em Faro durante as concentrações e isso hoje já não acontece. Quer se queira, quer não, no geral foi positivo. Perdeu o comércio, perdeu a cidade de Faro, perdeu o Algarve. Não está melhor, não está pior... está apenas diferente.

7/21/2009

Férias - O jantar


Da esquerda para a direita: Miguel, José, Rui, Sandra, Sónia, Nuno e Jorge. Foi desde o momento em que planeámos a ida aos Alpes que não me perdoaria falhar a visita aos meus Amigos Rui, Sandra e Christopher. Foi para mim o momento mais alto da viagem. Nada se compara ao calor dos amigos. Estes estavam ansiosos por notícias e só tenho pena de os ter feito sofrer um pouco, pois chegámos mais tarde do que o suposto. Arranjar hotel em Aarau, foi tarefa difícil, mas depois de superada e banho tomado, partimos directos a Oberflachs para os encontrar. Chegados, apresentados e à vontade, lá fomos conhecer a casa e o que me deixou estupefacto... a horta do Rui. Bolas, imaginava qualquer coisa, mas uma horta? lol estava longe de me passar pela cabeça a imagem do Rui a cavar batatas. Mas é real, vi com os meus próprios olhos e tenho testemunhas lol. Eles prepararam o melhor jantar da viagem. Por ser caseiro (alguns produtos da horta lol) por ser feitos por eles (Sandra e Rui) por saber bem e a Portugal. Por algumas horas parecia estar em Torres Vedras na casa deles a jantar como nos velhos tempos. Como bons Portugueses que somos virámos umas garrafitas de Rose, que misturado com a altitude, fez mossa. O Jorge que o diga... Memorável. Por esta hora já o Christopher estava a dormir. Andou o dia todo numa azáfama à nossa espera e depois estoirado adormeceu. Esta é a única foto dessa noite e porque o Miguel, Michael ou Mike se lembrou, num rasgo de sobriedade lol. Agradeço aos meninos toda a trabalheira e prometo voltar um dia destes para ficar mais tempo :)
Um já tradicional TT para a foto da praxe.
Em baixo o Jorge numa foto artística entre espigas... aquelas joelheiras por cima das calças! Que alguém diga ao rapaz que aquilo se usa por dentro lol


A famosa peça da Disney no gelo. Creio ser o Pateta e o Pluto a treinar em plenos Alpes.







Os mesmos exemplares experimentaram inovar com treinos na água. Será o próximo sucesso de bilheteiras em todo o mundo... AquaDisney!



Nuno e Sónia antes da tempestade dos Pirenéus! Aqui estavam cansados, mas (ainda) não encharcados.

Nesta altura estávamos a atravessar os Pirenéus por Larrau. O tempo estava claramente a fechar o no grau da temperatura, o mercúrio descia rapidamente. É visível no meu rosto a adrenalina que isso me dá. Foi uma travessia muito agitada looool Ventos fortes com rajadas, chuva miúda, graúda, assim assim e denso nevoeiro. Quem poderia pedir melhor? lol Depois da tempestade veio ... Espanha claro! Fomos recebidos com uma estrada em direcção a Pamplona que nos encheu as medidas e fez subir a pulsação de forma bem notória. Foi um BOOM de curvas abertas e piso com muita aderência, o que nos permitiu rolar a velocidades que roçavam os limites legais ... Se não sabem, ficam a saber... Espanha é a número um, no que toca a estradas. Genial!

Volta não volta lá aparecia uma curva ou duas a merecer uma 2ª passagem para o flash...
Mesa de trabalho. Mapas, GPS, máquinas fotográficas, guias de hotéis e cerveja. Essencial







Vamos a números. Na chegada a casa somava cerca de 6.500 km.
A média de consumo foi de 5,76 ltr/100km.
O melhor consumo foi de 4,83 ltr/100km.
O pior consumo foi de 6,73 ltr/100km.
Depósito com mais km 255

7/15/2009

Férias - Troca línguas

Durante a viagem, foram várias as fronteiras que passámos. A saber: Portugal, Espanha, Andorra, França, Mónaco, Itália, Suiça, Lichenstein, Alemanha e Austria. Isto é muito giro, mas na realidade faz uma tremenda confusão falar línguas diferentes quase todos os dias. Quer dizer... falar, falar não foi bem o caso, pois do pessoal lá se safava a Sónia que qual dicionário, nos livrou de umas e nos meteu noutras ahahahh. Ás tantas já ninguém sabia como dizer um simples bom dia, se seria buenos dias, bonjour, buongiorno, Guten Morgen ou mesmo god morning! O caos! Era de rir uns para os outros cada vez que alguém dava sinais de meter o pé na argola. A Suiça é dos piores países nesse aspecto. O Jorge que o diga: Entra num hotel e pergunta ao recepcionista se falava Inglês. A resposta foi negativa, à qual sai o natural desabafo de Português... -Foda-se... estou fodido! Surpreendentemente o sr. responde de forma seca: - Estamos cheios. Adorava ter visto isto! A cara do Jorge... pagava pra ver e rir com ele ahahahah. Houve mais. O mesmo Jorge em França, vira-se para um puto que passava de carro e pergunta: -Hostel? A resposta chegou em tons de duvida na expressão do rapaz, ao qual responde o Jorge num correcto Francês... - No me entiendes? Escusado será dizer que não houve resposta, ao mesmo tempo que a gargalhada explodia entre nós. O Miguel tem 2 fenomenais! Uma em Veneza no parque de campismo, quando uma teenager Inglesa (salvo erro) perdida de bêbada andava aos tombos na wc. Claro que o Michael, como se apresentou, tratou logo de a socorrer... Nestas ocasiões, nada como um conselho para acalmar o delírio. Vai daí o Miguel, que queria sugerir à jovem que fosse lavar a cara, saiu-se com uma brilhante: - Go wash your hair. Segundo ele conseguiu captar por instantes a atenção da jovem e assim evitar que ela caísse. Mas na verdade, garantiu que ela o odiasse para o resto do dia, pois sempre que passava na nossa mesa, o olhar era fulminante looooooool. A outra situação do Miguel, bem a pode agradecer à Sónia. Em Alexandria, Itália, durante o jantar e quando pretendia chamar a srª para pedir a 39ª cerveja, pede conselho à Sónia. Esta de imediato lhe diz para chamar por "faccia chichona". Ele sem pensar, dispara em direcção à senhora que com cara de poucos amigos o atende. Entretanto já a Sónia estava roxa de tanto corar, quer de vergonha, quer de riso ahahahhaah explicou depois que a expressão quereria dizer "cara rechonchuda", ou coisa parecida.
Para quem conhece o Miguel, sabe da grande necessidade que ele tem de aliviar a tripa regularmente. Para este caso foi instituído o "arrêter la boste" que faz todo o sentido e não faz nenhum, pois "arrêter" era tudo o que o Miguel não é capaz de fazer, conseguindo mesmo a proeza de parar no Lichenstein para coiso e tal... "arrêter la boste"! No fundo todos nós tivémos saídas do arco da velha e são estes episódios que tornam as viagens únicas, como esta.
Ficam algumas fotos de paisagens Alpinas, Transalpinas e Pirinaicas :p

Restaurante da "faccia chichona"


Larrau, pirinéus Franceses


Veneza



Alpes











Monaco


Zurich



Nice

7/07/2009

Férias - Pela noite dentro

Defendo que estas viagens têm de ter algum programa, mas acima de tudo, e para mim, férias são férias e nas férias, poucos ou nenhuns compromissos gosto de assumir. Lembro-me que à uns anos atrás começar por retirar o relógio do pulso durante as férias de modo a não ter a pressão do tempo. Gostei tanto da experiência que nunca mais usei tal peça, a não ser em ocasiões especiais. Voltando à viagem, o único compromisso que tinha, era a visita aos meus grandes amigos Rui, Sandra e Cristopher na Suiça, e essa era para cumprir à risca.
Soa bem, não é? Viajar sem preocupações, mas o facto é que os imprevistos acontecem e por 3 noites, tomámos a decisão de seguir viagem noite dentro por não arranjar quartos para ficar. A estreia foi na primeira noite. Cidade de Soria, Espanha. Depois de todas as peripécias com a minha mota, depois de apanhar chuva da boa e chuva de pedra, frio e muito desconforto, eram cerca de 23horas quando decidimos comer qualquer coisa e seguir viagem, pois para nosso azar havia uma festa qualquer na cidade e quartos vagos era coisa que não tinham. Com humor, chegámos a pensar que seria pelo nosso aspecto pouco recomendável. Para além de cansados, tínhamos mais roupa no corpo que nas malas ehehe. Seguimos então para um bar e com a pouca simpatia do dono lá petiscámos uns “bocadilhos” (bela bosta) e bebemos chá quente, ou cerveja fria, conforme os gostos, certo Miguel? Cansados mas destemidos saltámos para cima das motas e arrancámos para mais estrada com o objectivo de ficar na primeira espelunca que nos aparecesse à frente. Ficámos relativamente perto de Soria. A espelunca não passava disso mesmo, visto nem água quente ter, o que não impediu o pessoal de tomar um relaxante duche. Entre peripécias e reclamações, na manhã seguinte lá nos cederam um pequeno-almoço fatela em troca da falta de condições dos quartos.
Na nona noite de viagem, fomos também confrontados com situação semelhante. Cidade Trento, Itália. Mais ou menos copy paste da situação anterior, com a particularidade de ter visto mais travestis nessa noite que em toda a minha vida. Jantar e seguir estrada até que encontrámos um parque de campismo, onde fomos muito bem recebidos pelo Peter (guarda do parque). Italiano(não estranhem o nome inglês, pois o Miguel também se chegou a apresentar a uma “dama” como Michael ehehehh), fã de Lisboa, Amália, Fado e falava um Inglês perfeito. Apesar da hora tardia, com a maior das simpatias arranjou-nos um bungalow de modo a descansar o corpos cansados. Na manhã seguinte e à boa maneira portuguesa, deixei um grande abraço ao Peter na recepção do parque. Só depois pensei na cara que me fez o empregado do parque! Com tanta bicheza deve ter pensado outro tipo de coisas daquele abraço ahahahhahahah
Pamplona foi a terceira e última vez que tivemos de jantar e procurar “barraca” noutras paragens. Havia fogo de artifício, muita animação e hotéis completos. Noutras circunstâncias até podíamos tirar partido disso, mas nestas alturas só queremos repousar. Irurtzun foi onde ficámos, pertinho de Pamplona.
Mesmo com estes episódios mais cansativos, continuo a preferir a espontaneidade ao hotel marcado por antecipação. Nas próximas viagens irei mudar algumas coisas, mas isso não.
Não ficámos no Hotel Olympia, porque a Sónia vetou a decisão. Não imagino porquê...


Na primeira noite era “só” isto que tinha vestido…


Só para encerrar o assunto dos Hotéis, dizer apenas que os mais caros foram na Suiça, entre os 40 e os 45 euros por noite. Os mais baratos são os Bungalows nos parques de campismo. No nosso caso o que bateu tudo e todos foi o Hotel Luxemburgo na França que ficou por 12 euros a noite com garagem para as motas e tudo. O dono do hotel, assim que se apercebeu que era Português esboçou um enorme sorriso e depressa disse que tinham casa em Marvão, Portalegre, adorava o nosso país e já sabia umas quantas palavras em português como obrigado, boa noite etc...

As fotos que se seguem são de Carcassonne, França. As duas primeiras do meu tanque de guerra bem acompanhado. Carcassonne... será um local a regressar e se possível com companhia, porque aquilo tem um clima que nem vos digo...


Já dentro das muralhas...









Visto de fora