7/07/2009

Férias - Pela noite dentro

Defendo que estas viagens têm de ter algum programa, mas acima de tudo, e para mim, férias são férias e nas férias, poucos ou nenhuns compromissos gosto de assumir. Lembro-me que à uns anos atrás começar por retirar o relógio do pulso durante as férias de modo a não ter a pressão do tempo. Gostei tanto da experiência que nunca mais usei tal peça, a não ser em ocasiões especiais. Voltando à viagem, o único compromisso que tinha, era a visita aos meus grandes amigos Rui, Sandra e Cristopher na Suiça, e essa era para cumprir à risca.
Soa bem, não é? Viajar sem preocupações, mas o facto é que os imprevistos acontecem e por 3 noites, tomámos a decisão de seguir viagem noite dentro por não arranjar quartos para ficar. A estreia foi na primeira noite. Cidade de Soria, Espanha. Depois de todas as peripécias com a minha mota, depois de apanhar chuva da boa e chuva de pedra, frio e muito desconforto, eram cerca de 23horas quando decidimos comer qualquer coisa e seguir viagem, pois para nosso azar havia uma festa qualquer na cidade e quartos vagos era coisa que não tinham. Com humor, chegámos a pensar que seria pelo nosso aspecto pouco recomendável. Para além de cansados, tínhamos mais roupa no corpo que nas malas ehehe. Seguimos então para um bar e com a pouca simpatia do dono lá petiscámos uns “bocadilhos” (bela bosta) e bebemos chá quente, ou cerveja fria, conforme os gostos, certo Miguel? Cansados mas destemidos saltámos para cima das motas e arrancámos para mais estrada com o objectivo de ficar na primeira espelunca que nos aparecesse à frente. Ficámos relativamente perto de Soria. A espelunca não passava disso mesmo, visto nem água quente ter, o que não impediu o pessoal de tomar um relaxante duche. Entre peripécias e reclamações, na manhã seguinte lá nos cederam um pequeno-almoço fatela em troca da falta de condições dos quartos.
Na nona noite de viagem, fomos também confrontados com situação semelhante. Cidade Trento, Itália. Mais ou menos copy paste da situação anterior, com a particularidade de ter visto mais travestis nessa noite que em toda a minha vida. Jantar e seguir estrada até que encontrámos um parque de campismo, onde fomos muito bem recebidos pelo Peter (guarda do parque). Italiano(não estranhem o nome inglês, pois o Miguel também se chegou a apresentar a uma “dama” como Michael ehehehh), fã de Lisboa, Amália, Fado e falava um Inglês perfeito. Apesar da hora tardia, com a maior das simpatias arranjou-nos um bungalow de modo a descansar o corpos cansados. Na manhã seguinte e à boa maneira portuguesa, deixei um grande abraço ao Peter na recepção do parque. Só depois pensei na cara que me fez o empregado do parque! Com tanta bicheza deve ter pensado outro tipo de coisas daquele abraço ahahahhahahah
Pamplona foi a terceira e última vez que tivemos de jantar e procurar “barraca” noutras paragens. Havia fogo de artifício, muita animação e hotéis completos. Noutras circunstâncias até podíamos tirar partido disso, mas nestas alturas só queremos repousar. Irurtzun foi onde ficámos, pertinho de Pamplona.
Mesmo com estes episódios mais cansativos, continuo a preferir a espontaneidade ao hotel marcado por antecipação. Nas próximas viagens irei mudar algumas coisas, mas isso não.
Não ficámos no Hotel Olympia, porque a Sónia vetou a decisão. Não imagino porquê...


Na primeira noite era “só” isto que tinha vestido…


Só para encerrar o assunto dos Hotéis, dizer apenas que os mais caros foram na Suiça, entre os 40 e os 45 euros por noite. Os mais baratos são os Bungalows nos parques de campismo. No nosso caso o que bateu tudo e todos foi o Hotel Luxemburgo na França que ficou por 12 euros a noite com garagem para as motas e tudo. O dono do hotel, assim que se apercebeu que era Português esboçou um enorme sorriso e depressa disse que tinham casa em Marvão, Portalegre, adorava o nosso país e já sabia umas quantas palavras em português como obrigado, boa noite etc...

As fotos que se seguem são de Carcassonne, França. As duas primeiras do meu tanque de guerra bem acompanhado. Carcassonne... será um local a regressar e se possível com companhia, porque aquilo tem um clima que nem vos digo...


Já dentro das muralhas...









Visto de fora





Sem comentários:

Enviar um comentário